segunda-feira, 29 de junho de 2009

Glauber Rocha


Tenho assistido aos filmes de Glauber, pela sei lá que vez, em frente da tv de pé. É uma espécie de droga estimulante. Ali reconheço e aprendo figuras da linguagem da minha percepção cinematográfica. “Yes, um quadro com vários planos, polifônico” pensei vendo Câncer. E quantos planos completamente brasileiros e pangéicos, um sambista, um malandro, um autoritário, um mané. Mas nada estanque, todos trocando constantemente de potências, de gestos, discursos e pontos de vista. Uma percepção móvel e critica de tudo. Um casal que se entende por paradoxos instransponíveis. Ah, os paradoxos! Glauber você me lembra os paradoxos fundamentais. Às vezes me distancio deles. E aqui, alucinadamente emocionado, em frente a tv, reencontro com as várias vozes simultaneamente e minha consciência sofre de superposição e se amplia.

http://www.youtube.com/watch?v=p7GegIT-yBM

http://www.youtube.com/watch?v=CqDgv-L4u5Q&feature=related


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