segunda-feira, 8 de junho de 2009

François Truffaut

Prego aqui meu amor incondicional a este homem. Dono de uma linguagem delicada, revelou aos jovens de sempre destinos do desejo infinito e intenso. Uma vez, li de um crítico que o cinema de Truffaut era clássico. Que preocupação é essa amizade? Rótulos. Supermercado. O cinema de Truffaut é lindo. Quer coisa mais linda do que o tempo que ele demorou para rodar Jules e Jim por causa da perfeição que ele e Henry-Pierre Roche sabiam necessária para demonstrar tamanha sutileza e densidade da relação.
É um toque de leveza para o cinema. É antes de tudo, um cinema do humano. Dos sentimentos, dos afetos, das relações. Sem efeitos especiais. Mas especialmente efetivado na vida, que já é transbordante por si mesma enquanto tal, por constituir-se de amores fulminantes. Toda teoria do acaso não estaria ancorada aqui, no lugar do amor? Que pode a qualquer momento avassalar tudo. Ele poder retirar do sentido sua virtude de fazer as coisas se associarem e tornar tudo sem chão.
Ah, Truffaut, quantas vezes, eu e vários dos meus amigos, não paramos para ver seus filmes porque necessitávamos de uma paisagem bela e afetiva para pousar nossos olhos e corações? Seus filmes arrancam da experiência a incompletude de ser tudo e devolvem a ela esse desejo de continuar sentindo tudo por vir.Vamos!

Um comentário:

Seguidores

Quando sou eu

Minha foto
Quando me encontro com a beleza!