terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Babulina´s Trip: o clipe


Allá la ó. Entre praias e ipês, seguindo o canto do juriti, puxador de blocos, atravessamos o deserto do Márcio e o carnaval passou. Resta a experiência do  carnavalesco. Ato ou efeito de carnavalizar. Belo Horizonte não é mais o fim do mundo. Tem variadas personalidades carnavalescas blocais. 1,2,3,4,10, 20, mil. Todo mundo andando a pé, e a ruas estão tomadas, farofada. É festa pra todo mundo, pois, como já diria o Guru: tem tinta que não pinta e fica feia.
Pois é, e o clipe do Graveola? Babulina´ Trip. Haja carnavalização. Que viagem! Espaçomegafabetismo. BH como nunca dantes vista. Coisa pop. BH pop bacana. Bricolage da boa. Mistura gostosa. Rogério Duarte é que vai gostar! Tem cara de 68. Um dando imagem ao outro. Re, o re, regendo a reinvenção, resignificação, realce de BH, refavelização ancestral da cidade moderna. Que beleza. Pessoas na rua com certeza.  Amababulinidade. Alegria constante na praia e no Santa Tereza, e tudo ali, toda a história de uma época ali.A praialacerdafacebookmusicaindependenteteiaocupeacidadecopadomundo.
O clipe novo do Grave é um Sargent Peppers tropicalista antropofágico de belo horizonte. Até que enfim uma coisa assim. Sintético, estético, Belô no mapa mundi do Brasil. Ícones vários polifoneados pelo lixo, luxuoso do grave. O Gabriel diz que tem unidade sem ter. O TAO oriental. Sertão. Disseram no jantar x que são tantas as cores, com tanta montagem, que fica na memória, por fim, um pequi. Rodado o disco de Newton vemos o pequi. O videoclipe é pequi. E não é. Tem muita coisa. Passa por um tudo em minutos. Aleph. Borges. Facebook e fotos. Há algo aí. Gostei de ver, ver-te que te quero ver-te. Um re ver da cidade que nunca foi vista. É bela, olha as cores dela, tem boa vista, tem artista. Tem turista. Logo tem amigo de Campo Grande, querendo vir passar carnaval aqui. Vou enumerar todos os que vi...não, desisti.
Graveola chutou uma bola pro rumo certo, tirar a cidade do deserto. Estamos todos por perto. Mobilis amabilis. O relatoafetivomusical somou as imagens e os sentidos.
Mendes, o liquidificador de imagens. Onde estão as imagens esquecidas? Falta algo ali? Tudo desde a praia até aqui. Quanto cor, mesmo que tudo pequi, está ali. Milhares de cores, diurnos de Belo Horizonte. Aqui o sol Então Brilha! Também tem céu anil e ipê amarelo.
Babulina´s trip. Nós somos nossos ancestrais e nosso futuro. Tudo é Re. Re torno. Re Gil, leitor de Oswald. Todo mundo na rua de deglutir tudo. A paisagem agora é o nosso próprio belo horizonte. Com muito sentido concreto, inundando a água do rio, que se quer limpo e cristalino. Envie fotos para o videoclipe, seja sua própria bola de futebol. Olé graveola. Inventário afetivo de uma paisagem musical. BHordello, quanta coisa, cada lugar, uni-verso. Daqui 30 anos, vai ter muito escafandrista querendo decifrar!

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