quarta-feira, 19 de agosto de 2009


Viva o trabalho de Henri Cartier Bresson. Havia tempos eu me colocava a questão de qual seria a relacão entre pintura e fotografia, o que diferenciaria uma da outra, e adorei saber, vendo uma exposicãoda obra de Bresson, que para ele esta questão o que é da fotografia e o que é da pintura nao se coloca, isso é coisa para academia, diz ele. Que bom que ele não ficou numa questão como esta e fez sua obra para nosso deleite.
O fotógrafo cria uma cartografia do mundo. Ele precisa percorrer os lugares para que estes sejam parte da grafia que ele cria. Bom, pelo menos, este é um aspecto que me agrada muito na fotografia. Nas fotos de Bresson isso fica elevado a máxima potência. São fotos dos mais diversos lugares do mundo em diferentes épocas. E, claro, todas elas plenas de sentido. Do mais infímo fato histórico, um vendedor turco que tem o rosto escondido em sua loja, ao mais grandioso, uma senhora encontra um informante da Gestapo no fim da segunda guerra. Além, dessa qualidade cartográfica presente na fotografia de Bresson , tenho que destacar sua capacidade de captar um instante. Magia fotográfica que como diria o Jack se aprende fotografando, como um músico de jazz que toca a nota sem pensar. O instante de Bresson é um Hai Kai fotográfico. É uma delicadeza do momento. É a capacidade de tornar o instante mais efêmero numa impressão de eternidade. Valeu Bresson!

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