escrevo sob encomenda, depois de tanto tempo do lançamento do
disco tiãodoá experiença. o disco saiu na semana fantástica do início de
julho de 2012. thiakov, rafa martini, gustavito, flávio henrique e outros
lançaram, deve ter existido outros, na mesma semana. foi a primeira vez na vida
que troquei todos meus cd's de sempre pela música dos contemporâneos. que o
panorama daqui é de chorar de alegria, nós sabemos. mas o fato é que a música
de belo horizonte precisa sair daqui. Oxalá um texto em português ajude. Há para viver tanto quanto há pra
dizer.
e o tião já foi. está lá nas zoropa. E quem será que eles estão
conhecendo? A história irá dizer. claro, eles estão eletrizando o público de lá
com o seu swing de power trio elétrico. o som? não há como não lembrar de gilberto gil, matriz especial da
música feita na cena atual, com seu disco pós londres. ali gil toca uma música
de jimi hendrix completamente psicodelizado depois de sua passagem pela terra dos beatles.
ali vemos um gil que assume a eletricidade do momento e toda carga do desbunde
da época. crazy pop rock. não é a toa que o disco experiença é irmão
homônimo do experience de Jimi, outro monstro da linhagem tião. ambos são
vibrantes, cada um com sua característica terraquea. daqui o samba, samba
rock, forrock, pagode n roll (essa é nova do Tião) e as demais
denominações. o fato é que o tião tem sangue nos zói. e gravou tudo
caseiramente, mente que não acredita! titio thiakov gostou demais, ele que tem
máquina do tempo e vive também na década de 70. experimentação na casa
azul.
Es
Co
Rre
Ga
Dor
e o balanço escoregando sempre...
temos que sair das
montanhas lembra também a história de torquato encontrando com jimi
Hendrix e suas possíveis trocas lisérgicas. e lá vão os meninos do Tião. eles
vão fazendo o mesmo. fazem aquele
percurso europeu de tocar na rua, no café, onde ser e vier. absorvendo o que
interessa e jogando o resto fora. é um tipo de
viagente-hippie-beat-tropical-mambembembe antropofágica. eles trazem consigo a
atitude e o tipo de som dos 70. salve jorge. um tipo de brasuka-hippie. Alô alô
galvão e baianada, eu sou o amor da cabeça aos pés e pedaço de bicho de pé
coça. tenho certeza que eles esquentam os corações europeus, cheios da música
quadrada. E aqui deixam alguns provérbios enigmáticos “urubu não come
folha é bacharel”. E que porra de Á é esse?
ah, há ali também algo de
transa, intersis play da língua inglesa cantada com o ritmo daqui, algo de
macalé e wally sailormoon, que produziram o sulco por onde locomove algo tião.
tem algo de voodoo, macumba, um pé negro, já sei juninho. ah malandro você que
gravou aquela faixa angolana. aquela bateria e sua mistura pop-negra-indíngena
de valadolares. do tipo daqueles que gostam de viajar. se bem que os outros
dois não são flor que se cheiram. o luiz gabriel é uma máquina jukebox
epistemologica e o gustavito é um...não sei muito bem. a visão que tenho dele é
um cara descabelado, deitado, jogado, as vezes vestido de mulher, com roupa da
avenida paraná, e cercado por gente alegre e bonita. eles tem benção do
anjinho.
sabe que deve ser muito bom viajar com os caras. divertido e bobeou
virou música. no disco, é tudo verdade! esperaram o colchão da ana, ficaram na
quebrada, conheceram o rui macacada, fora os código interno.
porra galera, para
de encher linguiça e escuta os cara, que é bom demais. Sopros de los hermanitos
da américa, new mineiros dando rolé a torto e a direito pelo mundo inteiro. Fiar
a canção nessa fé até...